terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Acumulando coisas

A propósito do artigo, postado por Ignez Mantovani no fb, escrevi essa reflexão. 

Ha algum tempo estou me desapegando de coisas. Não é fácil. Até por ser museóloga e ter visto tantas coisas reunidas em museus, "coisas" de valor histórico, cultural, afetivo e até monetário, já entendí que não é preciso ter. Existem "coisas" como as obras de arte de altíssimo valor. Impossível tê-las. Os museus e arquivos públicos existem para que as coisa de valor possam ser vividas, conhecidas, cuidadas e preservadas, mas principalmente socializadas. Até os museus e arquivos selecionam. O colecionismo e o consumismo são patologias do ter. Patologias pq são vicios e não vivências. Tenho uma casa grande e naturalmente acumulamos coisas. Até certo ponto juntamos e nos cercamos de coisas que são memórias, belezas e fazeres próprios. Nós temos o domínio das coisas. Depois as coisas começam a nos dominar. Temos que conservar, limpar, arranjar e o trabalho que elas dão extrapola a vivência, o conhecimento e a emoção que elas podem proporcionar. Muitas coisas estão há anos guardadas que foram até esquecidas que existem.


https://www.linkedin.com/pulse/assustadora-verdade-sobre-o-excesso-de-coisas-dentro-nossas-jung


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